Carlos Alberto Conceição Portela, o nosso amigo Portela, nasceu no Rio de Janeiro em 21 de outubro de 1953 passando toda a sua infância no bairro da Saúde. Filho de baianos freqüentadores dos cultos afro-brasileiros, por ocasião de grandes festas, a família sempre participava das rodas de samba que ocorriam após os rituais. Mas Portela considera que seu envolvimento com o samba se deu mesmo no desenrolar de sua vida posteriormente. Aos 10 anos de idade ingressou no Clube da Tia Arlete, programa infantil da extinta TV Excelsior, onde participava das atividades de teatro, música e dança, até o programa sair do ar. Na adolescência, junto com os amigos do bairro,fundou o grupo teatral e esportivo “Os Galileus” no qual dirigiu e encenou várias peças teatrais colaborando na época, em direção,com outros grupos do gênero. Canta desde os quatro anos de idade, fato que pensamos seruma característica dos antigos moradores da Saúde, cercados que eram por grandes estações de rádio da época, como a Nacional, Tupi, Tamoio e Mayrink Veiga. Assim, é quase que lógico o despertar do interesse dos jovens pela música, já que naqueles arredores, além de se ouvir muita música pelo rádio, havia o fácil acesso aos auditórios e também o trânsito de artistas renomados pelas ruas.
Sempre presente nos ambientes musicais, tornou-se na idade adulta, além de cantor e compositor, músico percussionista especializando-se no pandeiro, tantã, tumbadora e tamborim. Formou-se em direito e contabilidade. Pósgraduou-se no magistério superior, em direito, e hoje cursa o mestrado em direito tributário, exercendo ativamente as funções de advogado e professor universitário.
Trabalhou como radialista na Super Rádio Tupi, atuando desde 1991 em vários programas e foi um dos apresentadores do programa “Roda de Samba”, naquela estação.
Publicou matérias no Jornal do Comércio e na Gazeta de Notícias. Atualmente se dedica a escrever um livro a ser publicado brevemente. Foi diretor da escola de samba Império Serrano, escola de seu coração, de 2000 a 2001.
Voltando à música, como percussionista já trabalhou com Tim da Viola, Marcão e o saudoso Índio do Cavaco, entre outros. Sua participação sempre foi notória nas rodas de samba da cidade, prestando seu apoio completo quer como instrumentista, cantor, compositor, ou mesmo simples espectador, porém sem medir esforços, marcando sua presença tanto nas iniciativas de sambistas famosos como nas rodas menos conhecidas. Apoiou com muito companheirismo as várias rodas organizadas pelo cantor e compositor Pecê Ribeiro. Hoje é integrante de um conjunto de samba chamado “Nunkaetarde”, que se apresenta nos bares “Pega Prá Sambar” e “Sem Calorias”.
Como compositor é autor de diversas canções que, infelizmente para nós todos, nunca, ou melhor, ainda não foram gravadas.
Já há algum tempo ele vem comparecendo e se apresentando em nossas reuniões. E para nossa alegria, é esse maravilhoso companheiro, esse bravo guerreiro da boa música carioca nos brinda com sua arte, com seu samba. Vamos aplaudi-lo e homenageá-lo com a gratidão que ele merece, pela dedicação e empenho com que se apresenta em todos os locais onde se possa cantar um samba.
Salve o Portela. Saravá, nosso irmão!
Homenageado do SambaUne em 27/06/2009
Foto de Irany
Esse rapaz tem borogodó. Gosto das canções de sua autoria, são lindíssimas, porém sou suspeita em falar afinal, caminho lado a lado com esse incrível garoto de meia idade há pelo menos 20 anos.
ResponderExcluirSimone Portela.